Câncer do colo do útero: prevenção requer medidas simples

img_cancer_uteroO câncer do colo do útero é um tipo de tumor que está associado, em mais de 90% dos casos, às infecções persistentes pelo papilomavírus humano (HPV) – microorganismo transmitido principalmente pelo contato sexual. Embora atinja muitas mulheres (segundo o INCA, apenas em 2014 serão cerca de 16 mil novos casos, no Brasil), essa é uma doença que demora anos para se desenvolver.

As alterações das células que podem desencadear o câncer são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou). Por isso, é muito importante que toda mulher que tem ou já teve vida sexual e que está entre 25 e 64 anos faça o preventivo. Inicialmente, a avaliação deve ser realizada anualmente. Após dois resultados normais seguidos, o exame pode ser repetido a cada três anos.

Uma lesão precursora do câncer de colo do útero, quando descoberta a tempo, pode ser curada antes mesmo de se tornar um tumor. Caso o diagnóstico aconteça mais tarde, porém, o tratamento deve ser avaliado caso a caso, de acordo com o estadiamento da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e desejo de ter filhos.  Entre os tratamentos mais comuns estão a cirurgia e a Radioterapia.

Sexo seguro

A transmissão do vírus HPV se dá por contato direto com a pele e a mucosa infectadas. A principal forma de contágio é durante as relações sexuais, tanto no contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Assim sendo, a contaminação pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o parto.

Apesar de sempre recomendado, o uso de preservativo (camisinha) durante todo contato sexual não protege totalmente da infecção pelo HPV, pois não cobre todas as áreas passíveis de serem infectadas. Na presença de infecção na vulva, na região pubiana, perineal e perianal ou na bolsa escrotal, o HPV poderá ser transmitido apesar do uso do preservativo. A camisinha feminina, que cobre também a vulva, evita mais eficazmente o contágio se utilizada desde o início da relação sexual.

Vacina

Em 2014, o Ministério da Saúde incluiu a vacina contra o vírus HPV no calendário de vacinação de mais de quatro milhões meninas de 11 a 13 anos. Para receber a dose nos postos de saúde, basta apresentar o cartão de vacinação ou documento de identidade. A imunização é feita em três doses e pode ser realizada também em escolas públicas e privadas de todo o país.

A vacina é segura e eficaz para evitar o contágio pelos tipos de HPV mais ligados ao desenvolvimento do câncer do colo do útero. Entretanto, não tem efeito caso a pessoa já esteja infectada pelo microorganismo. Na rede privada, a imunização está disponível para mulheres de 9 a 26 anos. Mesmo após a imunização, é imprescindível manter a realização do exame preventivo e o uso dos preservativos.

Fontes: Instituto Nacional do Câncer (INCA)

Ministério da Saúde